6.4.09

"À princípio nossa jornada havia terminado e pensávamos em voltar para a escola...

… No entanto, vimos seis meninas caminhando apressadamente, não pensamos em evangelizá-las, mas apenas em comunica-las sobre a ação social. Porém, nós cremos que Deus já havia preparado o coração delas, pois elas demonstraram interesse em saber mais sobre os laranjinhas. E, para nos escutar deveríamos acompanhá-las até ao riacho, para onde já estavam indo.

Foi uma longa caminhada, passamos por cercas, vacas e um homem armado, contudo nada tememos, pois anunciávamos a Boa Nova do Todo-poderoso.

Ao chegarmos ao famoso riacho, as meninas disseram que nos escutariam com calma se tomássemos banho com elas. Após muita argumentação, conseguimos dar-lhes o plano de salvação e, para nossa alegria, das seis meninas, cinco aceitaram Jesus Cristo como único e suficiente Salvador e declararam isso através da oração.

Quando pensávamos que iríamos retornar, houve uma cobrança – Amanda disse: menina, você falou que Deus não se agrada quando enganamos nossos pais ou nossos amigos, você vai ou não tomar banho???.

A Bíblia fala: Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele. Naquele momento, não havia o que ser feito se não cumprirmos a nossa palavra e pelo menos um de nós tomarmos banho. Para uns pode ser loucura tomar banho num riacho argiloso de calça jeans e farda (que usaria logo mais à tarde), no entanto, essa simples ação estabeleceu confiança entre nós e as meninas recém evangelizadas.

O apostolo Paulo fala em I Coríntios 9.22: Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Com isso, aprendemos que, apesar de o plano de salvação ser o mesmo, cada pessoa merece uma abordagem pessoal.

Se para muitos sair de sua cidade Natal para anunciar a Cristo em meio a uma sociedade corrompida é loucura, porque não acrescentar a essa loucura tomar banho de riacho? Ajudar a D. Maria a lavar roupa? Ou Seu João no arado?. Se isso facilita a abordagem do Evangelho, porque não fazê-lo?

Devemos lembrar que nossa missão como crentes é ir e pregar o evangelho da salvação. Não importa o quão distante a pessoa esteja ou quão inacessível ela pareça, pois para Deus não importa como você está, mas sim que você se arrependa e o aceite.

(Experiência vivenciada por Diogo Henrique e Érica Aires em Lajes)

Nenhum comentário: